O técnico Ademir Fonseca será o quinto contratado este ano pelo Joinville para tentar, pelo menos, manter o clube na Série B do Campeonato Brasileiro. Arnaldo Lira, demitido na tarde desta segunda, dia 28, não quis comentar o assunto. Ele disse apenas que não havia entendido a decisão da diretoria. Fonseca já deve trabalhar com a equipe no treino da tarde desta terça, dia 29.

O presidente do Joinville Mauro Bartholi afirmou que a decisão pela dispensa do treinador teve como motivo a seqüência de resultados que considera ruins. Nas sete rodadas em que o Joinville foi comandado por Arnaldo Lira, o time venceu em casa duas vezes, empatou três e perdeu dois jogos – ambos no campo adversário.

– Quando cheguei ao JEC, o time só tinha quatro pontos e estava na zona de rebaixamento – disse Lira.

Alguns jogadores mostravam-se indignados com a decisão da diretoria antes do treino da tarde. Eles chegaram a marcar uma reunião com o presidente para tentar reverter a situação.

– O time estava indo bem, os jogadores gostavam do Lira e queriam que ele ficasse – afirmou o volante Coracini.

A alegação de que havia desentendimentos entre o treinador e alguns jogadores foi negada por Coracini e pelo zagueiro Roberto.

– Se havia briga era entre nós mesmos – contou o zagueiro reserva.

Nas próximas nove rodadas, o time precisará de um aproveitamento superior a 70% para conseguir se manter entre os oito primeiros. O presidente diz que espera que o novo treinador consiga classificar o clube.

– Serão necessários outro esquema tático e outra motivação – disse.

A tarefa deve ser cumprida pelo novo técnico, Ademir Fonseca. Bartholi não quis confirmar o nome dele, mas, momentos depois, o vice-presidente Luís Alberto Nascimento deu como certa a contratação. Fonseca estava no América-RN, foi campeão pelo Ituano em 2002 e jogou no JEC antes de ser técnico.

CARLA ARGOLO/DIÁRIO CATARINENSE